Mahatma Gandhi 44133

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CARTA ABERTA AO SETOR DE TURISMO

TURISMO x GESTÃO PÚBLICA
Impacto Socioeconômico do Setor 

 

Em época de campanha, todos os políticos, para se projetarem, alertam para a importância do turismo para o desenvolvimento econômico e social de nossa querida Foz do Iguaçu. Muitas vezes, sem entender minimamente do setor, propõem fórmulas milagrosas, e quando eleitos, pelo desconhecimento e/ou descompromisso com a dinâmica do setor, pouco ou nada fazem.

Neste cenário, se não fosse pelo conhecimento, empreendedorismo e persistência dos empresários e trabalhadores do setor, o chamado Destino Iguaçu seria um fiasco. De fato, ao refletirmos sobre nosso potencial turístico internacional, em muitos aspectos, nosso destino chega a ser decepcionante. Se o mesmo conjunto de atrativos estivesse localizado em países da América do Norte ou da Europa, seria um paraíso para o visitante, com investimentos significativos em infraestrutura, serviços e hospitalidade.

O turismo é um setor complexo, que extrapola em muito os conceitos e as políticas públicas aplicadas pelo setor público na gestão da atividade.

O turismo impacta um grande número de atividades empresariais, culturais e de serviços, e grande parte delas não são catalogadas ou cuidadas como deveriam ser. Esses setores, ao não serem percebidos, treinados, fiscalizados ou incentivados, acabam comprometendo a excelência do destino, e consequentemente, a percepção e satisfação do visitante.

Gerir o turismo publicamente vai muito além do que faz hoje a Secretaria de Turismo, mesmo com todas as suas ditas expertises preconcebidas e predefinidas. Mesmo estas têm muito a melhorar, pois, falemos a verdade, “a não ser no discurso, o turismo nunca foi prioridade profissional do setor público iguaçuense”. Basta observarmos o orçamento, o número e a qualidade dos servidores da pasta. O fato é que o Executivo e o Legislativo não conseguem perceber a amplitude do setor e, assim, priorizar políticas de desenvolvimento que impulsionem de fato nosso potencial social e econômico através do turismo.

Gerir o turismo publicamente exige um planejamento de longo prazo, que, no caso da importância do turismo para nosso destino, se confunde com o planejamento da própria cidade. A maioria das secretarias de governo deveria operar na parte que lhe cabe no desenvolvimento pleno do setor turístico, com metas claras, inequívocas e estratégicas, específicas dentro de sua missão.

Um dos maiores balizadores desse planejamento é físico e passa pela excelência do Corredor Turístico e dos caminhos que levam aos atrativos e empreendimentos privados, logicamente com foco no visitante que transita por eles.

São esses empreendimentos que atuam nesse corredor os maiores pagadores de impostos e geradores de renda e de emprego, seja esse emprego formal, específico do setor, ou não, pois, aqui, quase tudo gira em torno do turista.

A atividade turística vai muito além da atividade-fim e não deve ser vista e planejada “só” pela ótica pontual do agente de viagem, da companhia aérea, do receptivo ou da hotelaria, que, entre outros, são percebidos e discursados como a cadeia do setor. Não entenda mal, se formos mais pragmáticos com o desenvolvimento de todos os setores que impactam o turismo, nenhum outro setor econômico poderá fazer tanto por nossa cidade. Sem contar que a roupagem do turismo transforma o cenário para muito melhor, também e especialmente para o cidadão.

No Executivo municipal, além da pasta do turismo, Planejamento, Relações Internacionais no ambiente trinacional, Indústria e Comércio, Infraestrutura, Meio Ambiente, Educação, Esporte, Saúde, Obras Públicas, Segurança, Trabalho, e outras secretarias não citadas, precisam ter claras as suas missões dentro deste planejamento e, claro, serem obrigadas a executá-lo, sob pena de prejudicar o desenvolvimento social e econômico de nossa cidade.

Se bem cuidado, há lugar reservado no turismo para todos aqueles que querem trabalhar e progredir.

Ao entender sua dimensão, percebe-se que o Turismo é matéria obrigatória para o Executivo e Legislativo, e também para empresários e cidadãos interessados em ter uma cidade melhor e mais próspera.

Para o turista, quanto melhor informado, atendido, cuidado e mimado, mais o destino se projetará, e mais e mais pessoas farão questão de nos visitar.

Para o empresário, quanto melhor a infraestrutura e os cuidados com o corredor e atrativos turísticos, maior será o investimento e os cuidados com o ambiente interno e ambiente público que o cerca, pois ele se sente valorizado pela cidade e pelo turista, e claro, gratificado pelo seu retorno.

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